Os Percusos do Corpo na Cultura Contemporânea**.
Autora: Malu FontesO artigo de Malu fonte apresenta e analisa a presença e as carterísticas de um padrão físico-corporal, o qual ela descreve como Corpo Canônico.
A definição do corpo canônico está historicamente ligado ao final do século XX e a figura feminina visto que para a autora as mulheres situam-se em um locus potencializados de vulnerabilidade diantes das mensagens publicitária dos meio de comunicação de massa, sobretudo as jovens e urbanas. Para comprender esse corpo canônico é fundamental, segunda a autora observar o precurso do estatuto do corpo no ocidente ao longo do século XX que passa por três estatutos culturais básicos:
- o corpo representado, visto e descrito pelo olhar do outro, da igreja, do estado, do artista ( inicio do sec.XX);
- o corpo representante, um corpo ativo ,autônomo quanto as suas práticas, consciente do seu poder político e revolucionário, porta-voz do discurso de uma geração, contestador, sujeito desse próprio discurso e agente propositor e defensor de reformas que vão da politica á sexualidade.( Década de 60);
- o corpo apresentador de si mesmo, aparentemente a serviço de uma cultura que se pauta pelo êfemero e pelo imediato, caracterizado cmo porta-voz de forma e não contéudo, um corpo recontituído á base de cirugias plásticas e implantes de substancias químicas que busca incessantemente apagar da pele as mmarcas biológicas do tempo. Corpo espetáculo. ( inicios dos anos 80).
- Ao analisar esse corpos Malu define o corpo canônico com resultado de um conjunto de investimentos da cultural indústrial( tendências da moda, shoppin centers, academias de ginásticas que cultuam o vigor físico- corporal, suplementos quimicos- alimentares, da alimentação, cirugias plásticas, estética corporal,corpos medicalizados e higienizado) e da comunicação de massa é, a negação dos efeitos do tempo e da depreciação causada pelos agentes cronológicos na anatomia do corpo. O corpo canônico é desejado pelo jovem pobre, porém a autora cita KEHL, 2003 que fala dos corpos que ostentam a cultura do rap chama de " atitude": um orgulho para raça, um ar desafiador, uma postura de quem não deve e não pode favor para ocupar seu espaço. Abrindo espaço para a condenação e a não-adesão a projetos de construção de uma corporeidade canônica fica evidente até mesmo nas formas como os economicamente excluídos adotam para inscrever-se no cenário cultural. A autora evidencia que a ideia de corpo canônico não -equivale á beleza fisica e o corpo que não se perfila a projeto médico ( corpo saudável) é classificado como um corpo dissonante, um corpo inválido, o que na cultura contemporanea é assustador, corpo ausente dos discursos culturais.
** Esse artigo encontra-se no livro Corpos Mutantes: ensaios sobre novas (d)eficiencias corporais/ organizado por Edvaldo Souza Couto e Silvana Vilodre Goellner- 2.ed.- Porto Alegre: Editora da UFGS,2009.
Muito interessante esse artigo.
ResponderExcluirAmiga! Já comecei a ler o livro e tb vou comentar a cada artigo. Amei seu comentário! Aliás fiquei fã de Malu ela é aquele tipo de pessoa que se rebela com conhecimento e autonomia. Amei!
ResponderExcluirLU
Olá, Cris!
ResponderExcluirMuito bom o seu comentário!
Gostei muito do blog, bastante atualizado.
Fátima